Resumo da Semana – 31/03 a 06/04/2014

E os meus destaques da última semana são:

  • Caiu nas minhas mãos o folder do SP Coding and Information School, uma escola de verão que será realizada pelo Instituto de Matemática, Estatística e Ciência da Computação (IMECC) da Unicamp, e que acontecerá nas últimas duas semanas de janeiro de 2015, para reunir estudantes e cientistas de todo o mundo para aprender e discutir sobre Codificação e Teoria da Informação. Mini-cursos e tutoriais serão administrados por um time de primeira. Se você se interessa pela área, não deixe de conferir e ajude a divulgar. Haverá suporte financeiro completo para os participantes do evento.
  • Descobri que a Unicamp tem a sua versão do famigerado programa de pesquisa americano BRAIN. Aliás, abrindo um parênteses (eu falo muito entre parênteses, pois sempre lembro de algo no meio de outra ideia), eu tenho uma baita inveja de iniciatiavas como o BRAIN. Nesse modo de financiamento de pesquisa, os americanos definem uma prioridade, jogam muito dinheiro nisso,  e times multidisciplinares se vêem “obrigados” a se organizarem e se alinharem com essa prioridade; afinal a parcela de financiamento federal não é desprezível. E hoje, se você fizer a pergunta: “Os EUA serão líderes no quê daqui a 20 anos?” Será fácil ter a resposta. Infelizmente, se alguém fizer uma pergunta semelhante para mim sobre Pindorama, eu não saberei responder. Fecha parênteses. Como eu ia dizendo, a Unicamp é a sede do BRAINN (Brazilian Research Institute for Neuroscience), uma rede de pesquisadores de várias disciplinas, da medicina à engenharia, organizados para estudar este tema. E as inscrições para o 1° BRAINN Congress, que acontecerá nos dias 11 a 15 de abril, estão abertas. Vale à pena dar uma olhada na programação dos mini-cursos do dia 12/04, principalmente se você se interessa por processamento de imagens médicas ou por inteligência artificial.

E o meu destaque da última semana também vai para o poder da Internet de transformar a sociedade e nos fazer refletir.

  • A Internet dá voz à sociedade civil. É o caso do site que se propõe a abrir a Caixa Preta da Saúde no Brasil e permite que os usuários do sistema façam suas denúncias, das quais, muitas tem surtido efeito de correção muito mais imediato do que qualquer canal de reclamação do Estado. O site foi criado pela Associação Médica Brasileira (AMB), uma associação de médicos.  Neste sentido eu não me arriscaria a afirmar que ele é imune a viezes, mas a priori isso não tira o brilhantismo da iniciativa.
  • Achei também muito bacana a proposta do site Radar da Primeira Infância um porto seguro de informações para mães e pais sobre os mais variados aspectos da vida de uma criança nos primeiros anos de vida.
  • E finalmente vamos falar sobre a renúncia ao cargo de CEO da Mozilla por Brendan Eich. No início da semana passada, uma lista de e-mails que eu participo de profissionais do mundo todo na área de computação, começou a pegar fogo com uma enxurrada de e-mails criticando a nomeação de Brendan Eich ao cargo de CEO da Mozilla. O motivo das críticas era porque, em algum momento do passado, ele tinha doado dinheiro para uma proposta de lei que proibia o casamento gay nos Estados Unidos.  Na tal lista de e-mails as opiniões se dividiam entre, “Não tem nada a ver. Isso faz parte da vida pessoal do cara. Ele tem o direito de defender o que ele quiser.” ou “Que absurdo! A Mozilla não pode ter um CEO que defende isso”. Eu confesso que eu estava pendendo mais para o lado que o fato dele ter determinadas crenças pessoais isso não estaria relacionado com sua competência como CEO da Mozilla. Eu também confesso que achei estranho como as pessoas discutiam tão ferozmente sobre esse assunto, e fiquei sabendo de sites que bloquearam o acesso pelo Firefox, como boicote à Mozilla. O Brendan Eich chegou a reafirmar no seu blog o seu compromisso de manter a cultura da empresa de inclusão e de não discriminação. Mas de nada adiantou. Ele teve que renunciar. E na minha tentativa de compreender tamanha animosidade em relação a um dos criadores do JavaScript,  no fim, eu me vi obrigada a rever o meu pensamento e gostei bastante do resumo e da análise do texto “Se você é contra o casamento gay, você é um péssimo CEO”.

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